Um jovenzinho de dezoito anos Se alistou pra cumprir seu dever Se apresentou perante o comandante Sempre disposto a lhe obedecer E o comandante, uma fera humana Soltava gritos de estremecer E o soldadinho, um religioso Orava ao Deus bondoso sem o chefe saber Um certo dia o seu comandante Ficou sabendo o que acontecia Que o soldadinho só falava em Deus Isso pra ele era rebeldia Foi intimado a ir em sua sala Com arrogância o superior dizia Sou eu quem mando nesse pelotão E sua religião pra mim é fantasia O comandante disse ao soldadinho Com a intenção de lhe humilhar Tá vendo aquele caminhão no pátio Que há muito tempo está sem funcionar Sei que você não sabe dirigir Peça ao seu Deus pra lhe ensinar Se dirigir aquele caminhão Vou me ajoelhar ao chão e a seu Deus adorar O soldadinho entrou na cabine Orientado pelo seu Senhor Deu uma volta em todo o quarteirão Voltou e disse ao seu superior O caminhão precisa de uns reparos Posso fazer isso para o senhor E o comandante se ajoelhou ao chão E a Deus pediu perdão, dizendo o caminhão Está sem motor