Cai a chuva sobre os campos verdejantes Reflorindo as ramadas espalhadas pelo chão E a relva perfumada agradece A mãe santa natureza pelo vinho e pelo pão Como é belo ver voar a garça branca O galope da potranca, o choro do chororó Quem vive lá naquela cercania Dia e noite, noite e dia se encontra só Eu já vivi no paraíso Hoje vivo indeciso entre cercas de cimento Sei que nem tudo está perdido Pois o meu sertão querido não me sai do pensamento As cigarras cantam entre os pirilampos E nas frestas dos barrancos se aninham os pardais E a noite quando a lua se apresenta A beleza mais aumenta no quartel dos animais A boiada espalhada nas pastagens Contemplando a miragem daquele lugar sagrado Onde os Deuses tem morada permanente Entre a fauna, flora e gente num recanto abençoado