Não me censure se eu falar errado Eu nasci no mato, nunca estudei. Sou um homem simples, pobre pantaneiro. Juntos aos animais que eu me criei. Mas não é preciso de nenhum estudo Basta olhar o mundo com a consciência Será que você ainda não percebeu Que a natureza é o espelho de Deus Onde se reflete sua própria existência. Sou pantaneiro, nasci ali. Sou filho da terra, do mato e da água. Se até hoje eu não morri É porque minha pele não serve pra nada. Sei que sou pequeno, represento pouco. Perante o problema no país inteiro Mas a coruja que defende o toco Esse é meu papel sendo um pantaneiro. Não deixe que um dia esse paraíso Venha ser apenas um livro na história E pela raiz que se corta o mal Por favor, defenda o meu pantanal. Dos exploradores da fauna e da flora.