Prego velho enferrujado Que até hoje está pregado no esteio do galpão Já pregou felicidade Hoje é grande saudade, pregou no meu coração Recebendo seus carinhos Construí nosso ranchinho bem distante do arraiá Fiz um prego de cabide pra pendurar seu vestido No esteio do araçá Depois a fotografia Num sorriso de alegria que eu mandei ampliar Pendurei naquele prego Sem ver que o destino é cego e já vinha te buscar A cruel fatalidade Levou a felicidade aquela que eu tanto amei Agora sem esperança O nosso par de aliança lá no prego eu pendurei Nada agora me consola A não ser minha viola que lá no prego eu penduro Sem a sua companhia Já perdi minha alegria pra mim o mundo é escuro Prego velho enferrujado Velho amigo do passado da eterna recordação Eu estarei conformado Quando você estiver pregado nas tábuas do meu caixão