Jamais vou deixar, essa correnteza, me jogar contra essas rochas tão famintas . E se me arranhar, e meu sangue manchar o mar, mas eu sei que além de tudo eu vou voltar. E me humilhar, mais uma vez, só pra ouvir tua voz me dizendo que Em seu castelo eu nunca serei rei. Me deixa então, ao menos ter a ilusão de que minhas asas ainda me deixam voar. E rumo ao entardecer sem saber se você vai me ensinar o caminho pra voltar. E que o sol ainda brilha no fim do verão, e que no outono as folhas caem em vão. Mesmo sem saber o motivo que me levou sem querer pra perto de você. Mais um dia então, longe de você, mas tão perto dessa escuridão que parece roubar o brilho no olhar, à segar-me na hora que mais tento enxergar.