É do concreto e não do além O desconserto, o tempo só Nem todo trato me convém Ando calado e com vontade de querer Parar tudo ao meu redor O tanto certo é quanto tem Se for discreto é bem melhor Pior e muito é ficar sem Contrariado na vontade de querer Usar tudo ao meu redor Não percebe o mal Que a dormência atrai E a ausência traz Desconforto igual Vai comprar o céu Sem saber voar Nem se importa mais Haja tanto faz Contra o que não tem Grita por ninguém Dorme além do bem Ganha e fica sem Não se satisfaz Nem descansa em paz Quem sabe um sangue novo hoje escorra por aqui… Morto ele talvez repare No porão de si e acabe Desenhando algumas penas Arcos, ares, outras cenas Plano aberto prá voar Nem se importa mais… Talvez amanhã eu não esteja mais aqui Amanhã talvez eu não esteja mais aqui