Eis que os teus quarenta sóis Dispersam pelos campos, pelos matagais rutilantes aguaceiros Mantêm vivas tuas fontes, teus sertões Minha alma disputada optou pelo teu cheiro de coisa viva Mas teu sangue se diz morto E o teu olhar condena, queima e se esquiva Eis então que o teu tordilho negro Voa louco pelo capinzal E te encontras de repente levitando acima dos murais do sol Mantos, liaças e soberbos ponches cobrem as ruas, cobrem os portais A necessidade de ser tudo Lutando contra os madrigais podem me chamar de louco Eu pouco estou ligando Estou vivendo ou não? Me entristece a falsa sutileza Nos teus atos, na tua voz comum Vou beijar, morder teu rosto e sulcar teu corpo Groenlândia, Groenlândia...