Nzinga Mbandi, Nzinga Mbandi, Nzinga Mbandi Mulher guerreira da África negra Buscando os sons de tua história Tambores vão se acordar O cortejo coloriu a sala Quando um Nzinga Mbandi A nobreza ficou espantada Tantas faces numa só mulher Era tempo de buscar conquistas Descobertas e escravidão Portugueses e africanos Duas cores a se contrastar O desprezo com a negritude Habitava a mente lusitana Foi insulto a rainha Nzinga O convite a sentar-se ao chão E a negra com seus olhos negros Tinha escravos de vestido branco Uma delas se jogou por terra Pra seu corpo lhe servir de trono A guerreira cheia de artimanhas Silenciou a voz do invasor Com palavras demarcou seu chão Exaltando o som de sua cor Com a escrava que serviu de trono Presenteou o nobre português E falou que no mesmo lugar Não sentava mais de um Nzinga Mbandi nunca pereceu Os congados do mundo renovam sua vida Quando voltam no tempo pra maçambicar Os tambores e as cores agora são livres E se enchem luzes a lhe reverenciar