Ai! Maria, vou que vou Eu saio antes do amanhecer Me aguarde pro revirado Que peixe bom eu vou trazer Nas ondas do mar A rede vou soltar Entendo as águas Só do balançar As marcas dos pés Na fina areia E as ânsias de quem Quer logo zarpar Quando o mar bate nas barras E as ondas no calçamento Se a rede perde as amarras Lá se vai nosso sustento Quem é marinheiro, quem é pescador Tem dentro de si o mar sonhador Nos mares da vida se vive as marés Mas antes gente, vitória e revés Navegar em calmaria oilerê Quem não quer? Visão clara sem maresia oilerê Se puder O varal cheio de peixe oilerê Ó, mulher Ver os filhos desse mar oilerê A navegar