Ouço vozes do sonho e do irracional Pra que a arte vença essa mente ocidental Pra que o delírio reclame o seu valor com toda a violência do amor Te desperto pois teu inverno sede ao meu sertão Tua sede louca é da raiva do meu cão Vais comer teu ouro e só sobrará por fim a pedra lapidada nos teus rins, a pedra lapidada A pedra latente nos teus rins certos fins justificam meios mais rasteiros a pedra de toque, o estopim, tudo por um triz, por um fio de cabelo negro Mais um passo e serás um alvo fácil de abater chegue perto e meu verso lhe fará doer tua sorte achou meu açoite redentor à terra tudo retornará na mesma idade da Terra Todo libertado é marcado e tem destino incerto traz interno o fardo e no intestino o próprio inferno vais vagar o mundo e acertar quem te traiu com a labareda do teu sol sombrio É dado aos sóbrios ver a luz do sol!