Alma de fronteira...derramou garoas em prantos iguais Aos índios que o tempo mostrou, junto ao vento, razões de chorar Em pontas de lanças, a velha esperança e um grito voraz! Tombaram vaqueanos, pecado humano Que a história sepulta em tempo de paz E o vento Minuano...é o mesmo de outrora rondando na Pampa, Mudaram estampas, chegaram bandeiras e um tempo - sem paz!!! Rezaram humanos, mas outros vaqueanos sangraram por terras... Pecado aos homens, a ganância consome E sepulta sem nome com fúria voraz! Minha alma endurecida se moldou a voz do vento E a paisagem consumida tem canções presas por dentro Algum dia milagreiro abro o fole e curo a alma Contemplando a noite calma - ergo a paz num chamamé Sonho peregrino...sob o teu destino esquecemos da fé, E aos olhos do vento não temos mais tempo nem força no andar... A vida é um lança e a velha esperança é um grito voraz Cansaram humanos, dos tantos vaqueanos Que aos olhos do povo mataram a paz...