Direto das vielas, dos becos, ladrão Sentimento congela, na febre a função Não tem vez pra vacilão, não tem boi, não tem viajem Didé, Axé, na fé malandragem Batida da DENARC é tenso jão Sobrevivendo no inferno e lapidado pro mundão Se é X é caixão, liga o organização Favela minha raiz, minha preta minha paixão É festa pro povão, samba pra geral Troca de poder, rap nacional Pais do manguezal, do cerrado e da caatinga Filho escravizado, política assassina Padre pedofilia, chacina e extorsão Desvio no poder e ‘nóiz’ que paga na prisão Veneno de montão pro pais mal planejado Esgoto a céu aberto , hospital super lotado Moradia desumana, ‘tiuzinho’ desempregado Pais do preconceito, do misero salário Mas um mano condenado a 15 de detenção Crime organizado, PCC, facção Os mulekes a milhão vai catar fazer a boa De nove e ponto trinta, na intensão até a ‘topa’ Parceiro a vida é louca, então, deixa rolar Uns paga pra ta aqui e depois chora pra voltar Fui convocado pra guerra, pois então, eis me aqui Em carne e osso de verdade então, sobrevivi Aprendi, passei por cima da serpente que tentou me atrasar Mas firmão, porque não? Do chão vou levantar Acordar e acreditar que é possível Se no principio era trevas o futuro é invisível É desprezível, iniqüidade em outro nível Mas é incrível, metodologia infalível O mal te abraça e você nem vê parceiro O tempo passa e logo cobra o proceder primeiro E tem quem sonha com carro louco e diamante E a vaidade atrapalha os iniciantes Quem tem flagrante não brinca com aposta É vitima do próprio vacilo sempre quando mosca Destroça, abre a janela da inveja Do ódio, da dor, da desgraça e trajédia Armadilha escondida no escuro a arapuca A morte na favela alegra os filhos da puta Cutucou com a vara curta, neguin agora agüenta Com a força só dos braços é agente que sustenta Todo fundo monetário, desviado, te retruca Todo mundo é ladrão nosso pais quem nos educa Mentes manipuladas melhor definição de massa Reação do efeito dominó que me devasta Só agressão e ‘butinada’ dos pacificadores Atrás da farda preta são legião de horrores Os tiros de borracha e o gás lacrimogêneo Quem suportar e não cair merecerá seu premio Pleno inicio de milênio, só crime, perversidade, Acidentes, desastres, pra que meu mundo acabasse Evito a maldade e desejo a justiça Mas agora e sempre aqui vai ser áreas malditas No horizonte da favela o crime perpetua ‘O bagui é loko’, cada um na sua Não mosca na rua, a vida continua então segue em frente Nada é de graça, ‘o bagui é loko’, é quente