Você jogou fora o que era seu Cuspiu no prato em que comeu Seu proceder não foi sério Me trocou por alguém eficiente Até mesmo mais potente Perpetrou-se o adultério E eu fiz vista grossa, meu amor Mas bem sei que você me trai Com um microcomputador Vi você com ele em Nossa cama Disputando videogame E fliperama Mas previna a este fruto Da ciência deturpada Que amanhã vou Arranca-lo da tomada De tudo ao meu computador serei atenta Antes, e com tal zelo, e sempre e de modo tão terno Que mesmo diante de um modelo mais moderno Dele serei sempre a tiete mais sedenta Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de pagar as contas da light Que alimenta os seus megabytes Sem nenhum pesar ou descontentamento E assim, quando mais tarde, num outro dia Quem sabe a assistência técnica, Angústia de quem vive, Pedir pelo seu concerto uns 800 paus Eu possa dizer do computador (que tive) Que não seja imortal posto que é fabricado em manaus Mas que seja infinito enquanto dure a garantia.