Já tá na hora então “bóra” vencer, assim que tem que ser Guerreiro pra poder fazer as coisa aqui acontecer Vencendo um golias por dia dormindo na cerâmica fria Nas águas geladas da pia eu lavo rosto ao amanhecer E vou de cara limpa pra rua sob o céu cinzento Discreto e comendo “queto” na selva de concreto e cimento Envolvendo-me aos poucos lúcido em meios aos loucos Tomando e dando socos caminhando contra o vento E remando contra a maré indo na fé e não na sorte O que não me mata me deixa forte eu sou um desafiante da morte Sobrevivendo enfrentando o relento e o processo lento Do movimento que no momento só movimenta o trabalho de quem tem um suporte Mas eu suporto e não me importo pelo contrário eu me exporto Com transparência e levando a minha essência ultrapassando fronteiras e portos Com palavras de vitória daquele que fez história Digno de toda glória e ressurgiu dentre os mortos Essa é à hora da vitória, hora da vitória Então vamos vencer, então vamos vencer Eu não posso perder meu tempo eu vou nessa que a vida é curta O relógio não pára e tomara que essa idéia repercuta Que atravesse as muralhas e vença todas as batalhas O sábio não deixa falhas ouve e não apenas escuta E propaga que nem praga toda sua sabedoria Do centro à periferia com rap a reveria Que informa e transforma, infringi a norma que deforma A molecada da quebrada que não tem a vida que queria Quem diria que seria assim, nem eu imaginava Toda vez ainda me lembro do tempo que eu engraxava Que eu saía pra pedir, sonhando em ser mc Mas agora estou aqui, pois encontrei o que procurava Não foi fácil nada, nada veio de mão beijada E fiz por merecer cada oportunidade conquistada Com lágrimas e suor lutando e dando o meu melhor E nunca deixei de correr ó, desde quando foi dada a minha largada Essa é à hora da vitória, hora da vitória Então vamos vencer, então vamos vencer