Senhora Vaneira, gaviona Do baile, é a dona, patrona e rainha Ressoa teu eco nos cantos da sala Que a vida se embala na tua melodia Senhora Vaneira, vaqueana Em horas tempranas, pariu madrugadas Alumbrando sonhos e olhares marcantes Que dizem bastante sem falarem nada Senhora Vaneira, campeira Chamando a boeira, ponteia o domingo Tem graça no charme, adonando a figura Da bela xirua que dança sorrindo Te falo de marca crioula e grongueira Senhora Vaneira, de estirpe pampeana A noite é pequena pra o teu sentimento Voltando no tempo, te faz quero-mana Por ser do Rio Grande, tem alma do povo Naquele retovo de estância e fronteira Fizeste querência nesta de botão Pra ser, no galpão, a Senhora Vaneira Senhora Vaneira, terrunha Tu és testemunha de quantos surungos Quando a gauchada se apeava pachola E afrouxava as argolas, aliviando os matungos Senhora Vaneira, pulpeira Central e vileira, pueblera e rural Se algum doble-chapa te larga confiada Tirando pra estrada um sotaque oriental Senhora Vaneira, gaúcha Que traz na garupa sonidos de campo Te canto pra Lua e pra aquele que entende Que és tu quem ascende o candieiro dos ranchos Te falo de marca crioula e grongueira Senhora Vaneira, de estirpe pampeana A noite é pequena pra o teu sentimento Voltando no tempo, te faz quero-mana Por ser do Rio Grande, tem alma do povo Naquele retovo de estância e fronteira Fizeste querência nesta de botão Pra ser, no galpão, a Senhora Vaneira Senhora Vaneira, Senhora Vaneira