O frio que faz o vácuo das palavras pelo espaço Vazio que faz o traço de quem escreve e nada fala Não acorda pra dizer que sabe que eu não estou aqui Estou distante feito a luz que apaga o que eu corri Você não sabe os danos Lágrimas secando ao sol Dispensamos panos Ver a trajetória até o fim Você não sabe os planos Só o erro que me fez admitir Somos só enganos Eu bem mais do que você Dois lados da mesma retina Ouve quem fala e nada ensina Areia que se move lentamente pra me afogar Dias não ligo nada, quero hibernar Mas se falo algo, agora tudo é drama Durmo pro futuro feito Futurama Karma congelado, o que for são tá salvo Joias que não trazem de volta seu valor Cruel infinito expõe aos poucos dor O sabor é zero e me cerca como estéreo Denso como a neblina que acompanha o mistério Quem descobriu a cura de quem morde a própria cauda O efeito borboleta na barriga, mas não sei a causa A catarata cega se não olha através das águas O mercúrio entrega as frases, no garimpo mata Cabeça dilata, força a distância que nem orelha alarga Crise nas infinitas terras, se conserto, estraga Conservando o que era bom sem abrir a lata Levando o orgulho para passear Vai que dá certo e ninguém se mata Deixa fluir Desaba água o que tá seco sara Deixa fluir Se a vontade é pouca fica contra gota Deixa ruir Pra levantar de novo antes de cair Deixa ruir Crafitar sementes, germinar somente só Você que não me conta Débito automático Eu que não adivinho Como guru sou falho Contei os meus defeitos Eles estavam gastos Espero que ignore o recomeço do fracasso