Força tem a Natureza Que fascina os homens pela magia misteriosa dos olhos da Mãe D'água Que num golpe de mão, numa mão de vento Levanta as ondas do mar, derruba casas, prédios Arranca telhados e torres Voa pelo tempo como notas soltas de uma canção infinita Sem contar com passos, sem notar acordes Dona das tempestades, quando irada e nervosa Destrói o campo, as árvores, as plantas Que sua doçura e mansidão haviam feito crescer Em línguas vorazes e rubras Seu filho, fogo Engole a floresta, o campo, a cidade com seus prédios (...) E mesmo depois de contido o fim da batalha ardente O fogo ainda há de mostrar sua força.