A velhice me acompanhou Estou na ruga do caminho A ferida já quase fechou Abriu crateras em abismos Eu não sei mais o que fazer Com o que sei de mim Eu tô me dando pra você Cuida de mim? Ao longe do horizonte De sua própria carne Tropega, afaga as folhas marrons As mais umedecidas Que seus pés andaram Parece que ontem Pisaste em pedras soltas E remoeste mais um pouco a tua boca Na boca daquela moça Viajou ao estado do passado Ergueu os ombros Porque ainda era presente Com o Sol escancarado Deu de frente Assim seus olhos Repousaram em terras quentes Tampado pela areia do sigilo Num anonimato estético Espreita as estrelas Com seu cone de mãos Fazia muito tempo, jazia Que menina já não se sentia E naquele dia as lágrimas Debruçaram-se ao mar Eu não sei mais o que fazer Com o que sei de mim Eu tô me dando pra você Cuida de mim?