Feitores fardados, não aceitam questionamento Não importa quem cê seja, ali é só “o elemento” Que direito cê tem de cheirar minha mão? Que direito você tem de me mandar cuspir no chão? Não defendo a violência, mas veja o nosso lado A pior das violências quem opera é o estado Omisso, nos entrega desde sempre à própria sorte Pra muitos o destino só reserva é a morte Creche, escola ou saúde, não existe Pra nós só tem polícia, ditadura aqui persiste É a nossa juventude que morre todo dia Enquanto a classe média acredita em democracia Azul ou vermelho, para nós não muda nada O poder aqui pertence a quem tem conta recheada Cidadania evapora diante de uma farda E o meu sangue derrama com mais uma chibatada Como é que eu posso me explicar, seu soldado? Se desde lá de cima o senhor já me julgou culpado Me fale o que é que eu tenho que explicar pro senhor Se a culpa que eu carrego aos seus olhos é a minha cor Brasil, 2024 Polícia só civil, militar virou passado Drogas legalizadas, o fim da guerra chegou Respeito e segurança ao cidadão trabalhador Imposto aplicado em saúde e educação E aí nosso país começa a ser uma nação... Como é que eu posso me explicar, seu soldado? Se desde lá de cima o senhor já me julgou culpado Me fale o que é que eu tenho que explicar pro senhor Se a culpa que eu carrego aos seus olhos é a minha cor