Meus dedos são corcéis Pelo teu corpo corcoveando Pelo vale entre dois montes Pelas ancas de coxilhas onduladas Busco encontro Saciar-me em tuas fontes Disseram a lo largo Que o gaudério só é homem Para o lombo do cavalo E a quem diga Que não tenha nem coração Só se emociona No estrondo do pealo Homem rude dos fundões Da pampa imensa Cinchava a vida Calejando a minha mão Em meus sonhos no galpão Na noite densa Te vejo e sinto Apertada ao coração E em cada taipa De açude abandonado Em cada fundo abandonado De rincão Te apeio rica Da garupa do meu flete E me rodilho no teu corpo de ilusão