Inativo nessa natureza, sem realeza Mudaram a vertente e a serpente tá na mesa Rio, maracanã, cristo e futebol Passo pelo rua, no sinal sem farol Mais um no chão, em baixo da marquise Muitos já estão sem liberdade, apenas livre Limitam amazónia, país arquitetónico Armas em primeiro, educação, segundo plano Minha caneta, minha folha e o beat Viajo mais que encanador pela superfície A fantasia acaba, mas sou príncipe do guetto Quero minha coroa pra entregar pra minha coroa Dizer o quanto a amo e ela ver que eu não tô atoa Quero que morra, toda palavra negativa Que se foda, toda essa hipocrisia Te afogo a luz do dia e vai ser uma maresia Só eu sei, o quanto eu caminhei Quantas vezes eu sonhei Que o menino seria rei Ei, oh Que o menino seria rei Que o menino seria rei Não posso ter vivido a 100 anos atrás Mas não posso deixar de honrar, meus ancestrais Cultura maquiada pela pele branca Sou negro drama, pode crer, eu vim da lama Mesmo assim ela me ama, me chama, me clama Nunca abandonei minha sombra e vice versa Queria ter uma peça Com bala o suficiente, não me estressa Não sou camelô, o barato é diferente O sonho de garoto vai crescer daqui pra frente A luz, que habita dentro de você Nunca vai se apagar se a verdade prevalecer Quem sou eu? Nesse mundo perverso Que me aponta um caminho, mas eu faço o inverso Não tá certo pra quem? Respeito é pra quem tem Não foi erro de percurso eu não seguir padrão de alguém Só eu sei, o quanto eu caminhei Quantas vezes eu sonhei Que o menino seria rei Ei, oh Que o menino seria rei Que o menino seria rei