Quando a peonada da estância, depois de um dia no campo Vem dando voltas pra casas num trotão de recolhida As barrigueiras pingando, foram lavadas na sanga Para cruzar outro inverno se tira o barro da lida Um mulato toma a frente para a última cancela No parapeito da estância que dá direito ao galpão Vão, pelas garras dos pingos, lavar lombo, sacar freios Para, soltos no potreiro, rebolcarem-se no chão Quando se chega pras casa' depois da lida de campo Se ajeita um mate dos buenos pra falar das gauchadas A armada que cerrou firme pra cucharrear o Brasino Contra uma cerca de pedra num fundo de invernada Quando se chega pras casas se ajeita um mate dos buenos E, assim, se passa a vida numa estância de fronteira Enfrenando a cavalhada bem logo ao nascer da aurora Com a cuscada na volta alvoroçando a encilha Se quebra a calma das casas com o talareio da espora Uma coplita extraviada no assovio do campeiro Vem campereando o potreiro já na volta do arremate Reculutando os anseios que iam pastando no campo Pra se achegar junto as casas, apear e tomar um mate Quando se chega pras casa' depois da lida de campo Se ajeita um mate dos buenos pra falar das gauchadas A armada que cerrou firme pra cucharrear o Brasino Contra uma cerca de pedra num fundo de invernada Quando se chega pras casas se ajeita um mate dos buenos Pra falar das gauchadas depois da lida de campo