Cordeona que embala o silêncio num rancho de campo Golpeada por mão calejada de um velho estradear Debocha num mesmo resmungo que a noite atropela E benze com a poeira que brota de cada lugar Cordeona que invade querências e ranchos de campo Bandeia fronteiras hermanas de pampa e cantar Reponta a voz castelhana com a brasa na alma E mescla o tino mais xucro pra um taura escutar A minha cordeona e a tua, idioma charrua Que ao clarão da lua interte um pulpero, um pulpero Eu sigo marcando o compasso com a força do braço Entrego min'alma assim... milongueira E eu repassando o segredo pra ponta dos dedos despejo Despejo min'alma por chamamecera, por chamamecera Cordeona que guarda relinchos e um berro de touro À grito e à cachorro tu tocas aquilo que amas O rancho, a vida, a florzita mais linda E um dia miraste na pedra da beira da sanga Cordeona que trás no teu toque um jeito matreiro Conhece um fronteiro e comungas um sonho liberto Cruzando canhadas colheste de um campo florido E trouxeste contigo uma flor no jaleco E trouxeste contigo uma flor no jaleco...