O brilho da argola na trança do laço Que cortava o espaço sob a luz do dia Golpeou na presilha firmando na armada Uma figueira copada em uma tarde fria Andejar uma estrada e encontrar a saída Numa corda estendida apagar o olhar Tal pampeiro a rezar por mais um campeiro Que rastreou um luzeiro sem jamais encontrar Metade de uma canha chacoalhada do arreio Razão pra um povoeiro rematar o comentário Num domingo gelado só quem não é campeiro Não traz nos arreios ganas de um trago largo Canção do funeral traz na goela o vento Que na trança do tento inventou melodias Pois golpeou na presilha como por costumeiro Mas na armada um campeiro a minguar sonhos vivia Quando esfria a alma não adianta mais lenha Que a fumaça desenha varando os outonos Quando minguam os sonhos o poncho da vida Já não é mais guarida e sim peso pra os ombros