Leôncio Severo

Mate do Estrivo

Leôncio Severo


Um ventito corta o campo
Neste clarear " viernes santo"
E um pañuelo ganha asas ... 
Até não posso culpá-lo
Porque o trote do cavalo
Se apura ao chegar nas casa !

Que mirada abençoada 
Encontrar-te flor amada
Me esperando assim tão bela ...
Isto é tudo que preciso
Enxergar o teu sorriso
Num saludo na cancela !

Amor ...
Meu cavalo tá encilhado
Pateando de cacho atado
Porque sabe no costado
Vai teu zaino de selim !

Amor ...
Fiz um ranchito fronteiro
Com ramada no terreiro
Onde tenho o dia inteiro
Um perfume de " alelí " !

Assim ,
Deixa prá teu lindo pago
Um adeus no mate amargo
E um longo beijo para mim !