Vê-se já a alma dos campos Do madrugada campeiro Quando o sereno da aurora Enfeita a teia de aranha Seguindo o velho ritual A romaria do gado Deixa um poema estendido No pasto ainda molhado Lá na várzea feito contas As garças sobre a lagoa Contrastam vestidos brancos Contra o verde das taboas (E a cavalhada no arreio Florão maior dos campeiros Anda gorda e sã de lombo Pelejando no potreiro Hoje uma nuvem perdida Veio chorar na coxilha Estendendo um pala branco Sobre o lombo das flexilhas) Entendo a alma dos campos E toda sua poesia Do sol madrugando a vida Ao matiz do fim do dia Aos olhos de um campesino A Natureza é fiel Bordando o véu das retinas Ou flores doces de mel E ao cair da Ave-Maria Boto o chapéu contra o peito E bendigo a Mãe Divina Por fazer tudo perfeito (E a cavalhada no arreio Florão maior dos campeiros Anda condensada em lombo Pelejando no potreiro Hoje uma nuvem perdida Veio chorar na coxilha Estendendo um pala branco Sobre o lombo das flexilhas)