Nasci debaixo de árvore Naquela serra mineira Meu pai foi peão paulista Minha mãe foi boiadeira Passei a infância na estrada Das campina brasileira No lombo de burro bravo Foi a minha brincadeira Recebi um telegrama Da fazenda do Matão Pra amansá uma mula preta Que matou cinco peão Pagava dez mil cruzeiro Aceitei a condição Arriei meu burro baio Amigo de diversão A rainha camponesa Era filha do patrão Que me falou caçoando Pegando na minha mão Eu me caso com você Sorriu pro outro peão Só te dou a mula preta Se ocê não caí no chão Já abotoei a chilena Minha espora sangradeira Amontei na criminosa Mandei abri as porteira Descemo ladeira abaixo Misturado com a poeira Vortei no passo da mula Entreguei pra fazendeira A morena me abraçou Chorando pediu perdão Eu quero casar contigo Na hora eu falei que não Só quero meu ordenado Já cumpri com a obrigação Me descurpe, camponesa Vou pra minha profissão