Da boca de um mineiro Esse fato foi contado Envolvendo um curandeiro E um médico afamado Vortando da pescaria Vinha o doutor Eduardo Companheiro era o filho Moço fino educado Na baixada do barreiro O seu carrão ficou atolado Forrando o solo com ramos Rapazinho assim fazia Manobrando no volante O seu pai permanecia De repente um forte grito Lá de fora se ouvia Picado por uma cobra O coitado retorcia Já me dói o corpo inteiro Embaraçou-me a luz do dia Naquele lugar deserto Foi que a coisa complicou Revirando a maleta Nem um soro encontrou Parecia um mistério Doutor se desesperou Vendo o filho que morria Sua força até dobrou Carregando o pobre moço Num ranchinho que avistou Morador daquele rancho Era um velho mineiro Conhecia bem a flora Do nosso chão brasileiro Era mais uma batalha Na arte dos curandeiro Preparou a raizada Beba isso bem ligeiro O moço suava muito Acabou seu desespero Vendo o seu filho curado O doutor se comoveu No meio da mata virgem O curador foi quem valeu Por uma cobra assassina Meu filho quase morreu Raízes foram o remédio Minha fé também valeu Agradeço a natureza Que é a ciência de Deus