Meus amigos pra vocês Eu vou contá uma história Da moça que eu namorei Que se chamava Aurora Desde o dia que eu fui Lá na casa da Aurora Ouvia o sermão do véio Que foi dizendo na hora (Óia aqui, rapaz, pode namorá minha fia Mas só que tem que é desse jeito!) É da porta pra dentro E não da porta pra fora É da porta pra dentro E não da porta pra fora E um dia que eu cheguei O véio tinha saído Então eu levei a Aurora Para passear comigo E eu falava baixinho Nos ouvido da Aurora (Olha aqui, meu bem, assim é que se namora Não do jeito que o seu pai qué!) É da porta pra dentro E não da porta pra fora É da porta pra dentro E não da porta pra fora O véio chegô e nóis não vimo Ai meu Deus que foi a hora Vocêis dois neste namoro Não tem vergonha de mim agora Ou atenda meu pedido Ou mando tudo os dois embora (Pois eu já falei que tem que ser assim!) É da porta pra dentro E não da porta pra fora É da porta pra dentro E não da porta pra fora E naquele mesmo instante Na mula risquei a espora Adeus véio impertinente Adeus minha bela Aurora Pois sendo assim deste jeito Com você ninguém namora Pois seu pai só quer assim É da porta pra dentro E não da porta pra fora É da porta pra dentro E não da porta pra fora É da porta pra dentro E não da porta pra fora É da porta pra dentro E não da porta pra fora