Linda estância de cinamomos copados Enraizados no chão onde me criei Sombra pra o mate das desencilhas da lida Rincão de vida de alma que hoje herdei Rancho, arvoredo, galpão e varal de arreios Bando de garças, regalo para os que vem Braços abertos pra receber os amigos Jeito humilde que nem outra estância tem Esta querência é uma terra abeçoada Assim deixada por regalo dos avós Rincão que o tempo não apaga da memória Fica na história que a vida escreve pra nós Cada manhã significa nova vida Que em seguida se transforma e anoitece A mim parece que é meu dever nesse mundo Deixar semente pra ver se um dia florece Se florecer deve ter alma de campeiro Amar a estância que de regalo deixei Hay de ter alma de rancho, cuia e galpão E um coração pra amar a terra que eu amei