De manhãzita, quando o sol já vai surgindo Os galos cantam, acordando a madrugada O dia é longo, e a lida empeza cedo Café bem forte, pra sustância da indiada Bater de argola, no galpão das encilhadas E o trim da espora, contraponteando com os freios Lá na mangueira, já vai formando a tropilha Pegamo a estrada, rumo a invernada do meio Num grito de venha Minha voz se mistura, com a tropa encordoada Recorro invernada Em meio a poeira que brota na terra Num trono Crioulo Bem bueno de boca, pra lida e estrada Espora atada E um relho de braça, minhas armas de guerra Reponto o gado, do banhado da macega Gritos de pega, e as vez algum sapucay Lida sem luxo, mas com alma muy campeira A muitos anos, aqui na estância se vai Algum malino, desses pampas colorado Trocou de ponta, num sobre-lombo cuiúdo Foi o Silvino, que por sinal bem montado Botou um pealo, com seu sovéu cabeludo