A estância antiga se foi Na lembrança do passado Se foi o arreio sovado E as potreiras no garrão O verdadeiro peão Do mate e das esquilas Hoje reside nas vilas Changueando pelo seu pão Foi-se o tempo das carneadas Em que tudo era fartura Do mate com água pura Da vertente junto às casas Do chibo assado nas brasas Nas comparsas de janeiro Quando o mestre do terreiro Abre o peito e bate asas (A estância antiga se tornou distância Brotando ânsias num peito campeiro Se foi o campo e veio a cidade Matando aos poucos o pago fronteiro Se foi o taura das garrão de potro E o gado pampa pelas invernadas Ficou estradas para ir embora E campo afora não restou mais nada) Assim foi morrendo imagens De taperas e galpões Do patrão com os seus peões E o gado pampa no pasto Homens já não sovam bastos Nas lidas a campo fora Nem se vê rastros de espora Marcando caminhos gastos Foi-se o tempo das carneadas Em que tudo era fartura Do mate com água pura Da vertente junto às casas Do chibo assado nas brasas Nas comparsas de janeiro Quando o mestre do terreiro Abre o peito e bate asas (A estância antiga se tornou distância Brotando ânsias num peito campeiro Se foi o campo e veio a cidade Matando aos poucos o pago fronteiro Se foi o taura das garrão de potro E o gado pampa pelas invernadas Ficou estradas para ir embora E campo afora não restou mais nada)