Um sonho moço guiou meus passos No rumo Sul Nesses caminhos, traçaram mundos Em fundo azul Plantei nas vergas puras sementes O suor e a lida Colhi certezas que nada ensina Melhor que a vida E a vida é potro que não se amansa Sem braço forte É jogo bruto que não entrega A própria sorte Cansei cavalos nessas andanças Vencendo os medos que adquiri Mas gasto o tempo, não vi taperas Das tantas terras que percorri Nas horas largas, um mate longo Me trouxe alentos Para amarguras, Que as invernias Levam os tentos E em meus olhos, calmas de campo Pra um novo dia Um fogo amigo, num canto antigo De algum galpão Mostrando o tempo, que a vida passa Mas deixa trilhas Pra quem tem sonhos aquerenciados No próprio chão