Um atropilha de baios galopam em disparada As crinas feitas de raios, vem repontando alvorada A noite que foi se embora, trem e de canto charrua E uma potranca tubiana negra com claros de Lua Te solta baio de aurora por estes campos do sul As vezes quando o céu chora cria as matizes no azul Onde galopa este baio toda a semente germina O trio das almas penadas na escuridão se confina Quando o tropeiro das rimas busca o sêmen poesia Encontra o Sol potro baio relinchando um novo dia Galopa por toda terra mostrando pra humanidade Que o Sol nasceu para todos numa lição de igualdade