Um abraço a meus patrícios das plagas de Uruguaiana Gente de alma pampeana de raízes centenárias Defensores de fronteira, amantes do nativismo Que tem em seu catecismo tantas joias literárias Recordo setenta e um o teu ato de heroísmo Pois implantar nativismo naquele tempo era novo A cordeona abriu caminho conquistando um novo espaço Hoje fadado ao fracasso por uns poucos demagogos Finca fé minha cidade que a iniciativa foi tua Grita alto, senta a pua, faz valer tua verdade Não deixe que meia dúzia tornem os jovens infelizes Apodrecendo as raízes, lhes roubando a identidade Antes dos anos setenta muita gente sabe disso Não havia compromisso com a nossa arte pampeana Chamaram o jovem gaúcho, com violão, bombo e cordeona Para cidade de lona nos campos de Uruguaiana Foi crescendo a Califórnia e os interesses também E o sucesso foi além com puro regionalismo Aí entrou a vaidade de alguns mentores do evento E trançaram tento a tento um buçal para o nativismo Esta gente só se esquece que o rio grande tem memória Ninguém denunciou na história pra o velho menino moço Quando havia um som ou dança e alguém chegasse pilchado Era corrido e vaiado, se era gaúcho era grosso É que em bolso de bombacha só se encontra fumo em rama Por isso que fez a cama foi atirado pra o chão Ou volte imediatamente o autentico som campeiro Ou os magros de metaleiros acabam com a tradição