Talvez não fique claro quando faço um som Que eu canto o que grita aqui dentro E de algum jeito grita no peito de cada um Olha bem esses cachos que saltam nos passos pesados Exaltam meu lado empatado Com o cigarro amassado que ainda queima Quando eu fico meio reflexivo, eu pelo menos não preciso Tapear ou tapar meu rosto com um resto de sorriso Tendo um abraço quente e alguém pra dar risada Não há nada que seque a garrafa do tinto vermelho de sangue De um peito curado, meu Deus, como é bom ser armado de amor E a adolescência ferve por conexão ou algum tipo de consolo Eles tem mais ou menos dez anos a menos Dez anos a mais pra chegar melhor do que eu sou Por mais que de algum modo não consigam aceitar Que estão longe de ser prontos Vivendo entre prints Buscando algum conforto na falta de limites Mirando o HD, mas vivendo em 8bits É foda, na hora que ser feliz entrar na moda Alguém vai pensar que inventou a roda Quando desabar num copo por ser triste E anota, eu sou a prova de que a vida muda a rota Porque esse cara que agora você nota Antes ninguém aqui sabia que existe Que droga, ainda gosto de quem eu sou Às vezes vai por um triz, mas konai Tudo bem ela ser mais uma cicatriz As primeiras horas de abstinência São do desespero E depois desconforto, então condescendência Em saber que na melancolia Reside o prazer de saber que não é mais tristeza E que o amor é progressivo, exige todo dia Que se estimule um pouquinho pra que fortaleça Cresça lindo, como sendo, não sentindo, e nem tendo, sendo Da cabeça aos pés e em 360