Ficou somente a saudade, e na verdade, é que lá não voltei mais Hoje só resta lembrança,do meu tempo de criança Nos terreiros e nos currais Da sombra do cajueiro, do verso ligeiro Que pai sempre declamava Choro quando penso nela Na entrada, da cancela Da casa que mãe morava Todo dia, as seis horas, mãe dizia: Tá na hora Da família se ajuntar, todos na sala do santo Eu me sentava num canto, e começava a rezar Na resta de um lampião, fazia minha oração Depois ia me deitar O dia logo amanhecia, tinha um tanto de alegria,naquele lindo lugar Hoje, tá tudo mudado Não tem mais nosso roçado Nem o rio onde eu brincava Mas ficou guardado em mim Lembro cada “pedacim” Da casa que mãe morava