Não pelo batom no colarinho Nem porque são 4 da manhã Ou pela fragrância indefinível Mistura indelével de puro óleo diesel Com mexerica ponkan Nem por esse hálito de gim Que ele disfarçou com hortelã Ou por estranhar suas maneiras Sair de bandeira da segunda-feira Direto pra maracanã Mas porque em quarta-feira quente Faz bem pouco dia desses E o castelo desmantela Foi logo dizendo que me amava E eu pedi que repetisse E ele disse: amo a vera Não deixei ele dizer palavra Que absurdo, que cê pensa? Isso nunca supera Punhalada dessas não se espera Já pra rua! Tchau e bença! E desde então perdi a fé E essa história de amar a Vera Que eu mal consegui ficar de pé Hoje eu lhe pergunto essa Vera Quem ela pensa que é?