Hoje somos escravos De um mundo imundo de podres e vícios Acorrentados a falsos pudores Que nos atiram mais na escuridão Isso um motivo da nossa própria sujeira O revertério das estruturas e suas grandezas Mas quanto vale tudo isso? Carros importados e vinhos A fome é só pra quem nasceu sem encanto Não vejo fundos pra esse abismo de hipocrisia que atola os nossos pés Pode aplicar a coisa toda pela veia Pode acreditar em quem no fundo te sacaneia Pode usar colírio pra não dar bandeira Nós que somos sementes às portas de um novo mundo Ilusão inocente de um sonho real e absurdo Que tudo não passe de uma grande mentira Pra quem então o céu azul?