Negras redondas de gordas Levando a comida dos negros suados Dos negros cansados de capinar Bate o monjolo a cadência do milho socado Moleque, olha o gado, inda está no curral Põe prá pastar! Roda o engenho de cana, de cana caiana É de manhãzinha A vida começa, na Fazenda da Barrinha Minas Gerais, ó meu Minas Gerais Se eu pudesse voltar trinta anos atrás Tocava os meus bois Fumava escondido entre os cafezais Ó tempinho bom, que não volta mais! Em Minas Gerais, tem ferro, tem ouro, tutu Tem gado Zebú Tem também, umas toadas Alma sonora das quebradas Encantos das noites de luar E a história do Brasil Tem muitas páginas heroicas, imortais Escritas com sangue mineiro Salve, o meu estado de Minas Gerais!