Eu sei Que o meu peito é uma lona armada Nostalgia não paga entrada Circo vive é de ilusão, eu sei Chorei Com saudades da Guanabara Refulgindo de estrelas claras Longe dessa devastação (e então) Armei Piquenique na Mesa do Imperador E na Vista Chinesa solucei de dor Pelos crimes que rolam contra a liberdade Reguei O Salgueiro pra muda pegar novo alento E plantei novos brotos no Engenho de Dentro Pra alma não se atrofiar (Brasil) Brasil, tua cara ainda é o Rio de Janeiro Três por quatro na foto e o teu corpo inteiro Precisa se regenerar Eu sei (ah, eu sei!) Que a cidade hoje está mudada Santa Cruz, Zona Sul, Baixada Vala negra no coração Chorei, chorei (ah, chorei!) Com saudades da Guanabara Da Lagoa de águas claras Fui tomado de compaixão (e então) Passei Pelas praias da Ilha do Governador E subi São Conrado até o Redentor Lá no morro Encantado, eu pedi piedade Plantei Ramos de Laranjeira foi meu juramento No Flamengo, Catete, na Lapa e no Centro Que é pra gente respirar (pois é) Brasil (ah, Brasil) Tira as flechas do peito do meu Padroeiro Que São Sebastião do Rio de Janeiro Ainda pode se salvar Brasil, Brasil (ah, Brasil) Tira as flechas do peito do meu Padroeiro Que São Sebastião do Rio de Janeiro Ainda pode se salvar Brasil