De farda nova, em cima de um caminhão A banda toca um dobrado de fundo O clarinete brilhando na minha mão E o deputado com a boca no mundo O povo olhando os foguetes As flores de fogo no céu Na praça a fileira de luzes E o chão coberto de papel As autoridades, no palanque, a gandaia Louvando o partido da revolução Os ex-combatentes aplaudem com gosto E os estudantes respondem na vaia Um tiro sinistro Atinge o ministro E a bala come no centro A banda debanda e nesse alvoroço eu perdi Um pente de osso, um cordão de prata de lei E o meu clarinete Que tanto custei pra comprar