O meu trunfo é fazer com o que se tem O meu salto é sempre ao lado de ninguém Como um náufrago imerso no seu próprio mar Na folia de viver sem ter um par Só me restam sombras de madagascar Soando nos galhos suas dores mágicas Os meus olhos vão além dos teus poréns Estacionam numa terra em que ninguém Tem mais fôlego pra fingir simpatia Vive então mais uma vez sem ter um par Só me restam sombras de madagascar Os fantasmas das noites tão trágicas Vivo sem par e sem pátria pra cantar Fantasma na noite pálida Teus olhos gritaram por cores Que em mim não enxergaram Meus olhos pintados da noite Meu salto, largo salto Só me restam sombras de madagascar E os moais da ilha de páscoa