Você nunca viu o que há embaixo do chão que você pisa Você me fez sonhar e me acordou Com um balde de água fria E agora o que eu faço de mim? E agora o que eu faço de mim? Se Deus tivesse humor que prato cheio seria a minha vida A solidão me soterrou e aqui debaixo eu não consigo mais te escutar E no que vejo, em nada há sentido Eu me procuro em mim e não encontro meu esconderijo E é sempre assim com quem não tem no que acreditar Eu sigo vivendo Na ousadia do desespero Na ousadia do desespero Apesar do frio a beleza é viva Como neste céu que resiste em se pôr O que não se toca não se profana Como 2 e 2 são 5 Como o meu palácio é de cristal E no que vejo, em nada há sentido Eu me procuro em mim e não encontro meu esconderijo E é sempre assim com quem não tem no que acreditar Eu sigo vivendo Na ousadia do desespero Eu sigo, eu sigo vivendo Na ousadia do desespero Na ousadia do desespero