Suas mãos não apertam Você não vê e nunca vai ver passar A felicidade Passou bem longe, ela não voltará Da boca a vida Chorando o pão que você não vai doar A brecha, a ferida A humanidade nunca vai te aceitar A voz está rouca Estão vivendo pra pedir, lamentar Um pouco de ajuda, gente muda Essa gente não consegue falar As mãos calejadas de um trabalho Não dá prêmio, mas vão te premiar Com um chute na bunda Eles fingem que vão te levantar Indigente barato a mancha amarga na sociedade Sujeito sem culpa, mas que acaba por se condenar A vida está longa Estão vivendo pra poder suportar Um pouco de ajuda, a gente muda Mas essa gente não consegue mudar As mãos calejadas do trabalho Não dá prêmio, mas vão te premiar Com um chute na bunda (gente imunda) Eles fingem que vão te levantar Indigente barato a mancha amarga na sociedade Sujeito sem culpa, mas que acaba por se condenar Indigente marcado, buraco aberto que você quer fechar Um chute na bunda e eles fingem que vão te levantar O sangue está quente A sua febre não consegue baixar A roupa imunda Você é gente pra ninguém te enxergar? O chão está quente, realidade que vai ter que enfrentar Com a roupa imunda