Ah, a cada história que essa brisa conta Busquei no fundo dos meus sentimentos Tesouros mergulhados na memória Marejando em ondas, cruza a guanabara Vem aportar em nosso chão Comércio se instalou, o negro aqui chegou Com fé venceu a escravidão Desembarcou a família real São novos ares, jardim tropical E a semente do samba Ressoa na pedra do sal Firma a gira no batuque, babalorixá Incorpora a negritude no terreiro de alabá O vento a soprar Entre becos e vielas, favela! Meu povo mais perto do céu Livre da chibata, orgulho da raça Afirmando o seu papel E bota-abaixo, vai levantar poeira É de pereira, "passos" da criação E bota-abaixo, já levantou poeira "Bem no compasso" e na garra do meu leão Cai a noite, a boemia namora o luar Nos braços da vida, se entrega ao prazer "É terna" Praça Mauá! O vento soprou no mar Trazendo esperança... Estácio de Sá! Berço do samba em poesia Que maravilha é um porto de alegria