Viradouro leva ao mundo Num canto de fé, a nossa mensagem Te abro as portas do meu coração Sou mais um João, minha falange vem pedir passagem Branco e encarnado, o solo sagrado Enraizado pela jurema Feito um poema a fumaça espalha Sobre a cabeça coroa de palha O companheiro, irmão de batalha malungo João É chama contra o desengano A queimar tiranos e depor o algoz Para abrir as portas, chave é rebeldia Pra lutar pelo que um dia foi negado a nós E derrubar sistema servil Cair em Pernambuco, se erguer no Brasil É da mata, é catucá caboclo não falha Defende inocente, não teme tocaia Rasgando trilhas de foice e facão Gibão de couro, preaca na mão É da mata, é catucá caboclo não falha Defende inocente, não teme tocaia Força pra vencer, folha pra curar Sabedoria pra perdurar Nos encantamentos e nos encantados Toda a magia das sete cidades Do seu panteão arreia no terreiro Mestre juremeiro sara enfermidades Triunfei! Triunfei! Triunfá! No meu juremá Guardião das encruzilhadas Exu-trunqueiro das caminhadas Quando toca o alujá, o povo quer dançar Quebra no coco, de roda e de gira Pra incendiar... Nação de xangô vem te convocar Sobô nirê, sobô nirê mafá Sobô nirê Malunguinho sobô