Coração ao lado do corpo Num esquife de vidro O mesmo de quando eu era garoto No meio dos meninos Que coisa “morna e ingênua” é essa, Ney Que se perde no caminho? De tanto que a gente requenta um não sei Estranho é estar no ninho E se for? E se for? Deito e fico olhando bater Latejante frenético Que morra de claustrofobia ali dentro Continuo cético Que “infinito sem passado” é esse, Ney Que se projeta do escuro? Eu sinto, ouço, rio, toco e temo Calar o futuro E se for? E se for? (Vencer dói) Meu coração triunfa nas arenas (Vencer dói) Mas vencer também é dilema Não volto a ser inteiro Se de mim me arranco, carniceiro (Vencer dói) Meu coração triunfa nas arenas (Vencer dói) Mas vencer também é dilema Não volto a ser inteiro Se de mim me arranco, carniceiro Vieram todos, por fim, uns cem E não pôde mais domá-lo enfim, ninguém Enfim, ninguém