Indignado com o que passa na televisão É que as minhas olheiras envelhecem, atrás de uma solução Toda noite durmo com sequelas de um dia a dia de um cidadão Sonho, acordo, vendo num espelho bem barato o reflexo das minhas mãos E vendo as cordas desafinadas do meu violão Os meus sentidos sentem necessidade de revolução Mas como não te levam a sério, só existem ministérios para sua confusão No cotidiano difícil, insano, descalibrado de informação Indignada com o que passa na televisão Indignado com que passa na televisão Estão enganando a gente, nossa mente é um bueiro de informação Te geram a necessidade, a pressa, o erro, o carnê do pastor João Um jornal falado manipulado, um programa bem feliz num domingão Uma novela heróica mas a realidade: Diz aí Helô! Cada um com seu umbigo, cada um com seu jantar Cada um com seu sorriso, cada um com seu cigarro pra fumar Cada um com seu abrigo, cada um se virando como dá Cada um com uma história, mas a sua história não importa, filho da puta Indignado com o que passa na televisão