Sou flor de aço no espaço Nesse concreto o meu pedaço No meu orgulho me entrelaço A cada passo eu me refaço Carrego a semente no ventre Cê me respeite! Não sou objeto pra sustentar seu deleite Adjetivo que é suspeito logo me esquivo Não me interesso Não tem sucesso Não tolero Tolere o sagrado feminino em propensão Abraço a missão, coração, visão testemunha Punho empunha. Fora cunha! Não deixo quieto o maluquinho do metrô Pai, primo, irmão, avô, filho da mãe Mulher como eu, como minha irmã Criou e alimentou o bom vivã Se é pra somar com o bem estar, pode chegar Se é pra pesar no blablabla, nem vem gastar Ah! Não vai virar, não vai constar, desencosta pra lá E sob o olhar da mãe, irmã, prima, tia A consciência vai queimar, queimar Em fogo de rastro Flores de aço no espaço Flores de aço no espaço Um vão de liberdade Entre céu e terra, num mesmo lugar A rua tá lá pra contemplar Tomar num bar Não vou vestida pra matar Tranquila caminhar"